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Os perigos do excesso de carga de veículos

26/04/2021   |   SEM CATEGORIA

Os perigos do excesso de carga de veículos

A frota de veículos vem crescendo no Brasil ao longo dos anos, e como já sabemos, as rodovias são as grandes responsáveis pelo transporte de cargas e mercadorias. Segundo dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), mais de 60% do transporte de cargas é realizado por rodovias, seguido por ferrovias (20,7%) e hidrovias (13,6%).

 

O que vemos na prática são veículos que excedem o peso de carga permitido, o que contribui diretamente para degradação do pavimento. Por isso hoje vamos discutir como a sobrecarga dos veículos comerciais afetam a nossa malha viária.

 

Em sua concepção, o pavimento asfáltico é projetado para suportar tensões e deformações características do transporte viário frequente pelo período determinado em projeto. Mas, ao circular com um volume de carga superior ao estipulado para o seu modelo de veículo, os motoristas contribuem para que essa vida útil seja demasiadamente reduzia.

 

RISCOS DO EXCESSO DE CARGA

 O estudo,  As Vantagens de transportar sem sobrecarga, lançado pela CNT em 2019, levantou os prejuízos causados quando há infração das regras. Confira:

 

Danos 

O primeiro ponto levantado no documento foi o próprio desgaste das peças, freios, pneus e equipamentos, que levarão, consequentemente, a um aumento de gastos. A suspensão do veículo tem como função atenuar os impactos sofridos no percurso, garantindo que o caminhão tenha uma viagem estável. O exagero no peso da carga pode desiquilibrar as forças, e gerar danos a, principalmente, amortecedores e molas.

 

 

Estradas

Outro problema originado do excesso de peso tem relação com a durabilidade não apenas do pavimento, como da estrutura de pontes e viadutos. Os motoristas são prejudicados das mais diversas formas, seja pelo desconforto, lentidão, riscos nas viagens, além de possíveis danos à carga.

 

Em casos de danificação da malha viária, procure por fornecedores eficientes e experientes, como a Ecolink, para fazer reparações pontuais. Nós temos em nosso portfólio produtos específicos para operações tapa buraco, como o UL2000 C, o que garante assertividade e resolução desse problema.

 

 

Risco de Acidentes

Um veículo que trafegue com sobrepeso tem maior possibilidade de se envolver em acidentes, principalmente em casos de frenagem brusca ou mudanças repentinas de trajetória. E mais: como o peso é muito alto, há maiores chances de que haja um tombamento. Nos casos opostos, em que a traseira está muito leve, pode haver uma ‘saída’ dos eixos que pode até provocar o temido L.

 

 

TIPOS DE EIXOS DE CAMINHÕES

O eixo é onde são instaladas as rodas do veículo, e é o responsável por ligar os pneus de uma lateral à outra. São categorizados entre simples, duplos ou trilos, e suportam um peso máximo que varia entre 6 e 30 toneladas de carga.

 

Eixos simples: Comuns em veículos leves, como aqueles de carga que trafegam na cidade. São utilizados normalmente para transportar mudanças e pelos departamentos de entregas de empresas.

 

São subdivididos: O tipo Rodagem Simples contém um pneu em cada eixo e pode carregar até seis toneladas.  O chamado Rodagem Dupla possui dois pneus em cada ponta, e pode aguentar até dez toneladas.

 

Eixos duplos: também possuem mais de uma categoria. Os eixos tandem, por exemplo, são compostos por rodas duplas, podem ser duplos, ou seja, ter dois eixos e duas rodas em cada extremidade, totalizando oito pneus.

 

Os eixos tandem também podem ser triplos, e contar com três eixos e duas rodas em cada extremidade, somando 12 pneus.

 

A outra categoria, chamada de ‘eixos duplos não em tandem’, é encontrada em caminhões com rodas duplas, em que o espaçamento entre as rodas é maior do que dois metros.

 

Eixos triplos: pertencem a essa categoria veículos grandes que precisam trafegar em baixa velocidades, são, normalmente, aqueles caminhões que transportam cereais a granel. São sempre compostos de rodagem dupla, totalizando 12 pneus.

 

O que muda aqui é a distância entre os eixos: na primeira faixa de tandem, o peso máximo comportado é de 25,5 toneladas, passando para 27 toneladas e 30 toneladas, respectivamente, nas outras duas faixas de distanciamento entre eixos.

 

 

FISCALIZAÇÃO

As rodovias brasileiras são fiscalizadas e as autoridades podem punir aqueles que não obedecem ao volume de carga permitido para o seu veículo. As balanças têm como função fiscalizar esses motoristas, e caso haja irregularidades, o caminhão pode permanecer parado por dias e até semanas, prejudicando os prazos e, em algumas vezes, a própria carga.

 

No Brasil, os tipos de pesagem disponíveis são a WIM (Weigh in motion) e a estática. Cabe a cada estado a competência de fiscalizar o peso dos veículos. Em casos de rodovias federais pedagiadas a responsabilidade recai sobre a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), em conjunto com a PRF.

 

As rodovias sem pedágios, por sua vez, são fiscalizadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). No total, são 110 postos de pesagens distribuídos em todo o Brasil.  Segundo o órgão, o excesso médio de 10% de peso por eixo do caminhão reduz em 40% a vida útil projetada para a estrada.

 

E tem mais: Os estragos causados pelo excesso de peso nos veículos podem atingir até 2% do PIB (Produto Interno Bruto), caso os motoristas não sejam monitorados. Um valor exorbitante, não é mesmo?

 

Sabe o que agrava o problema? Quando há concentração de muito peso em apenas um eixo. Por essa razão os motoristas devem ser orientados. Existe um documento, a Resolução do CONTRAN (http://www1.dnit.gov.br/Pesagem/qfv%20pdf.pdf) (Conselho Nacional de Trânsito) nº 12/98, que estipula a carga máxima por tipo de eixo. Na pesagem, há uma tolerância de 5% sobre o peso excessivo, quanto se extravasa esse valor pode haver aplicação de multas e punições.

 

As rodovias estaduais, por sua vez, são administradas pelos Departamentos de Estradas de Rodagem (DER) de cada estado. Fica a cargo dessas instituições a aplicação de multas, assim como o faz a Polícia Rodoviária Estadual.

 

REFERÊNCIAS EXTERNAS

Existe um índice, chamado Índice de Desempenho Logístico (LPI), que aponta quais são os países com a melhor logística do mundo.  Elaborado pela Unidade de Comércio Internacional do Bando Mundial, o relatório abrange, desde 2007, um total de 160 países e avalia critérios como eficiência dos processos de desembaraço aduaneiro, infraestrutura de transporte e rotas que impactam diretamente o comércio, qualidade dos serviços logísticos, entre outros.

 

Na última edição, ocuparam as primeiras posições: Alemanha, Holanda, Bélgica, Reino Unido e Singapura. Todos têm em comum uma combinação de políticas públicas prospectivas e amplo engajamento do setor privado.

 

O Brasil ocupa a 65ª posição nesse ranking. Ainda temos muito o que evoluir, mas exemplos não nos faltam.

 

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