Pavimentação em Loteamentos: A Importância das Boas Práticas para a Durabilidade e Qualidade
10/08/2023 | ARTIGOS AUTORAIS
Loteamentos são empreendimentos cuja infraestrutura determina a qualidade, durabilidade e, por fim, o sucesso. Sejam de alto padrão ou voltados para casas populares, a base é um projeto de infraestrutura completo, abrangendo estudos geotécnicos, levantamentos topográficos, saneamento, drenagem, eletricidade, telefonia e pavimentação. A ausência desses elementos não só impede as licenças legais e ambientais, como também coloca em risco a viabilidade econômica do empreendimento.
A pavimentação, embora mais simples que a de rodovias, frequentemente negligencia etapas cruciais por falta de conhecimento, fiscalização ou para economizar tempo e recursos. Essa negligência acarreta falhas precoces, instabilidade do pavimento e diversas patologias ligadas a serviços geotécnicos mal executados. Portanto, compreender as normas vigentes e seguir as melhores práticas para projetos de pavimentação em loteamentos é crucial.
A preparação do solo é vital para o sucesso do pavimento, pois mesmo uma ótima capa não garante estabilidade sem uma base adequada. Cerca de 90% dos problemas do pavimento estão nas camadas abaixo da capa asfáltica ou capa de rolamento.
O sub-leito, localizado entre 0,60m e 1,50m de profundidade, é o terreno natural preparado para receber o pavimento e, em muitos casos, exerce o papel de fundação direta.
O reforço do sub-leito, realizado após a compactação e regularização do leito, melhora sua qualidade e regulariza a espessura da sub-base. Em casos de baixa capacidade de suporte e resistência, é necessário um reforço de sub-leito, estabilizado granulometricamente, mais comum em pavimentos flexíveis como o asfalto.
As camadas de sub-base e base são estabilizações granulométricas do solo, feitas com solo, rocha britada e estabilizantes químicos, conforme estudos geotécnicos. Essa etapa é fundamental para a qualidade do pavimento final, mas, infelizmente, muitas vezes é negligenciada em obras de infraestrutura em loteamentos.
Os materiais utilizados são obtidos em jazidas, e sua preparação exige processos de peneiramento e/ou britagem para atender às especificações do projeto. A sub-base pode ser solo-brita quando misturada com material natural e pedra britada ou brita graduada quando feita exclusivamente de pedra britada.
A capa de rolamento é a camada final do pavimento, e as capas asfálticas TSD ou CBUQ são comumente usadas para pavimentos flexíveis, enquanto o concreto é utilizado para pavimentos rígidos.
A harmonia entre materiais de qualidade e execução correta é essencial, mesmo com excelentes projetos e estudos bem definidos. Portanto, é preciso entender todas as etapas do processo para evitar problemas futuros.
As condições gerais exigem ensaios de caracterização para a sub-base, que deve ter Índice de Grupo igual a zero e a fração retida na peneira n° 10 isenta de fragmentos moles e substâncias prejudiciais. Para a base, é necessário que a granulometria esteja dentro dos limites estabelecidos e que o equivalente de areia não ultrapasse 30%.
O índice CBR (California Bearing Ratio) é um importante índice para avaliar a resistência do solo à penetração, e os materiais de sub-base e base devem atender a valores específicos de CBR e expansão.
Padronização do serviço é essencial para garantir a uniformidade da compactação da base e evitar variações de umidade.
O controle dos materiais e execução é feito através de ensaios de caracterização, compactação, ISC e expansão.
A pavimentação é um processo complexo, compreendendo diversas etapas prévias antes da capa final de asfalto. A negligência nessas etapas é a principal causa de problemas no futuro.
Em loteamentos, a qualidade da pavimentação é crucial para o sucesso do empreendimento. Empresas que entregam loteamentos com problemas na pavimentação enfrentam não apenas custos de reparo, mas também o risco de prejudicar sua reputação e credibilidade. Portanto, seguir normas e boas práticas é essencial para garantir a excelência desses empreendimentos. A estabilização química tem sido a maior aliada para gerar boa viabilidade a composições de base e sub-base, uma vez que materiais com boa capacidade de suporte natural estão ficando cada vez mais escassos. Entretanto, o sucesso da estabilização está muito além do produto certo para a composição de solo, depende de um trabalho que envolve todo o clico de vida da obra e dever andar de mãos dadas com as boas práticas de execução, ou poderá ser um recurso desperdiçado ou subutilizado. Procure empresas como a Ecolink que fornece garantias através de acompanhamento e instrução técnica ao longo de todas as necessidades da obra.