Modelo D2C: Bom para o fabricante, muito bom para o consumidor
12/07/2022 | ARTIGOS AUTORAIS
As mudanças são constantes no mercado industrial, uma bastante recente é a possibilidade de o consumidor comprar diretamente do fabricante, sem intermediários, a chamada D2C (Direct to Consumer).
Também conhecido como venda direta ao consumidor ou estratégia de desintermediação, o modelo é voltado para indústrias que visam coletar dados sobre os consumidores e aumentar a competitividade dos seus produtos produzidos na praça dos consumidores finais.
Estamos atentos a este modelo de negócio, e por isso hoje vamos te trazer todos os detalhes e vantagens da prática.
O que é D2C
D2C é a sigla para o termo Direct to Consumer em inglês, traduzindo literalmente significa “direto ao consumidor”. Neste tipo de estratégia, a negociação é feita diretamente com o consumidor final.
Na forma em vigência até pouco tempo, esses negócios operavam no modelo B2B (Business to Business), ou seja, comercializavam apenas para outras empresas. O modelo encurta o caminho, elimina vários intermediários, possibilitando o consumidor comprar direto do fabricante, pagando muito mais barato e tratando suas necessidades diretamente com quem mais entende dos produtos.
Assim, a eficiência do negócio é aumentada, e a marca se aproxima de seus consumidores, se tornando mais assertiva.
Quer um exemplo? A Nike como marca de tênis e artigos esportivos, é uma indústria que revende seus produtos a uma loja como Centauro e outras lojas de calçados.
Contudo, se visitarmos o próprio site da Nike, veremos também que é possível comprar artigos diretamente em seu e-commerce próprio. Sendo assim, a empresa atua em um modelo B2B e também mantém um sistema de vendas D2C, de forma a ampliar os seus canais de distribuição e potencializar os seus resultados.
O mesmo acontece com marcas de celulares, notebooks e eletrodomésticos.
Quais são as vantagens do D2C?
Agora que já entendemos o conceito do D2C vamos às suas vantagens?
- Facilidade para criar uma loja virtual
Atualmente este é um atrativo para as empresas, afinal montar um modelo virtual é muito mais barato e menos burocrático do que uma loja física. Após investir na criação da plataforma de comercialização, é possível mantê-la por menos de R$100,00 mensais.
- Atinge muito mais pessoas
Essa simples mudança pode viabilizar uma grande expansão do seu público. Sabe por quê? Ela não demanda que você deixe o B2B, sendo possível seguir com os dois modelos simultaneamente.
- Maior controle da marca
Ao depender apenas das revendas dos varejistas, os resultados saem do controle do fabricante e vão para as mãos dos lojistas, que ficam encarregados de definir o preço final, a expor os produtos como acharem conveniente, definir como as entregas serão feitas, além, claro, do próprio relacionamento com o cliente.
São pontos muito fundamentais para o sucesso do negócio que ficam na responsabilidade de terceiros. Já pensou em como a reputação da marca pode ficar em jogo?
- Redução de custos para o consumidor final
Como os intermediários do processo são eliminados, os custos do processo de venda são reduzidos consideravelmente, concorda? Assim, se torna viável colocar preços mais competitivos, conquistar mais clientes e, ainda, aumentar a lucratividade do negócio.
Claro, que ao assumir como um ponto de vendas requer arcar com despesas com logística, divulgação, e atendimento ao consumidor. Então, planejamento é a palavra-chave.
Conclusão
O modelo D2C vem crescendo entre as empresas principalmente após a popularização do e-commerce do Brasil, que foi bastante acelerada com a pandemia. Entretanto, além de planejamento as empresas que se dispuserem a praticar este formato precisam dominar a fundo os fluxos de relacionamento com o cliente que é consumidor final, alimentando diversos canais de venda e agendando/gerindo toda a logística envolvida para que o cliente receba o que comprou em tempo hábil. O desafio é grande para as industrias mais tradicionais que se propuserem a praticar esta modalidade.