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Guia sobre Espargidores Asfálticos

29/11/2021   |   ARTIGOS AUTORAIS

Guia sobre Espargidores Asfálticos

As obras de pavimentação com capas asfálticas envolvem várias etapas, todas elas cruciais para o bom desempenho do pavimento ao longo dos anos. Desde os estudos iniciais de solo, correções de umidade, cortes, aterros, compactação das camadas de base e sub-base. A aplicação da emulsão asfáltica que se segue é uma etapa crítica do processo, especialmente por se tratar da etapa que envolve os maiores custos do projeto.

 

Problemas e falhas em geral na aplicação da emulsão asfáltica  no substrato podem comprometer a quantidade de material aplicada, tanto para mais quanto para menos, interferir no processo de cura, atrasar o serviço, gerar custos com retrabalho. Nesse sentido, o uso correto de caminhões espargidores é essencial para determinar o sucesso da execução dos serviços de pavimentação com capa asfáltica.

 

O que é um Caminhão Espargidor

 Para entender melhor o que é e para que serve um espargidor de asfalto, é interessante estar por dentro de como funcionam as etapas de serviços de pavimentação com capa asfáltica.

 

Como já foi comentado aqui neste blog, os serviços preliminares de estudo e preparação do solo são essenciais para a  estabilidade do pavimento. Podemos entender esta etapa, de maneira análoga, como a estrutura da obra. Afinal de contas é o solo que será responsável por suportar os carregamentos e esforços solicitados.

 

A escolha da capa asfáltica como camada de revestimento se dá, principalmente, pela flexibilidade de se poder fazer um pavimento sem juntas e emendas e pelo custo-benefício em áreas maiores, especialmente por ser possível otimizar tempo e os custos de mão-de-obra na execução.

 

A emulsão asfáltica ainda é o material mais utilizado para imprimar, impermeabilizar o solo, e realizar a adesão da capa asfáltica no solo. A emulsão é um produto quimicamente modificado e que requer cuidados especiais para aplicação. A cura da emulsão se dá a partir do contato no solo após a aplicação, e é uma das etapas mais importantes em todo o processo.

 

É justamente nesta etapa de aplicação da emulsão asfáltica no substrato que entra o caminhão espargidor. O espargidor é o equipamento que tem a função de aplicar a emulsão de forma correta, uniforme e conforme a especificação do projeto.

 

 

 

O espargidor possui um tanque com emulsão asfáltica ou polimérica, bombas e equipamentos dosadores e as barras de lançamento, também denominadas como canetas espargidoras. Popularmente e para os leigos, esse equipamento é tido ou conhecido como equipamento que lança o “piche”. Apesar de comum, o termo piche refere-se principalmente às emulsões de CAP (cimento asfáltico de petróleo) e se trata de um material betuminoso, derivado do petróleo, com excelentes propriedades de adesão e impermeabilização.

 

Aplicação e Cura da Emulsão Asfáltica

A emulsão asfáltica inicia seu processo de cura após o contato inicial com o solo. O processo varia de acordo com o tipo de material utilizado e também as condições do solo, umidade e temperatura do ambiente, mas basicamente é possível saber que a cura ocorreu de maneira correta quando o produto muda de uma coloração marrom-castanho para a cor preta. Este é o indicativo da evaporação da água presente na emulsão.

É preciso entender que uma parcela significativa das falhas de um pavimento com capa asfáltica se dá por falhas e negligência nos serviços de execução, como por exemplo, não respeitar os requisitos mínimos ou máximos para temperatura e umidade relativa do ar ou mesmo não se atentar à importância da preparação correta do solo em relação à sua participação no processo da cura da emulsão.

A forma como a emulsão asfáltica é aplicada no solo também pode influenciar negativamente o processo de cura. O espargidor de asfalto, quando utilizado da maneira correta, é capaz de minimizar as intercorrências negativas relativas à cura da emulsão, aplicando uma camada uniforme de material, com velocidade e pressões controladas, seguindo as determinações do projeto.

 

Atenção para manutenção do Caminhão Espargidor

Contudo, nem mesmo a mais tecnológica das ferramentas está imune ao mau uso e a negligência de seu operador. E o que ocorre com mais frequência do que desejado é a negligência com a manutenção e limpeza dos espargidores de asfalto.

Após o uso, é imperioso realizar a limpeza do equipamento, das barras e tubulações e assim fazê-lo da maneira correta, seguindo as orientações do manual do fabricante. O óleo diesel é utilizado como solvente para evitar a adesão da emulsão nos componentes do equipamento. Além disso, logicamente, os óleos, filtros, bombas, mangueiras, engraxamentos devem estar sempre sendo verificados.

A pena da falta de manutenção e limpeza adequadas dos espargidores de asfalto é óbvia: interferência direta na aplicação e consequentemente na cura emulsão asfáltica. Em obras de pavimentação de grande e médio porte, isso pode se tornar grandes prejuízos financeiros, atrasos de execução, perda de material e consequente poluição e geração desnecessária de entulho, comprometimento da resistência e durabilidade do pavimento. E infelizmente a cena de um espargidor de asfalto completamente sujo e sem manutenção é muito comum.

 

 

Como em qualquer máquina, a manutenção nunca deve ser encarada como um custo excessivo ou algo de pouca importância que pode ser negligenciado. Há no Brasil uma cultura de só se preocupar verdadeiramente com a manutenção de equipamentos quando os problemas já estão evidentes, e os prejuízos financeiros e técnicos desse tipo de mentalidade são de uma obviedade desconcertante.

Quando se trata de emulsões poliméricas, a manutenção é facilitada pois esses tipos de emulsões não “rompem” dentro do tanque e/ou tubulações, pois elas não necessitam de aquecimento. Entretanto, o que é visto em campo principalmente em situações de aplicação de capa T.S.D ou T.S.S, é o aquecimento e reaquecimento da emulsão RR-2C, o que inevitavelmente ocasiona rompimentos pontuais do material em contato direto com as serpentinas de aquecimentos.

Este material liguento, emborrachado e indesejável, comumente identificado como borras, é o que ocasiona os grandes atrasos e principalmente desperdícios de materiais em obra. Se o executor seguir as instruções dos próprios fabricantes, ou seja, distribuidoras de asfalto, verão que a limpeza logo após aplicação é indispensável e imprescindível pois é característico deste produto o surgimento de borras, independente de qual material irá ser aplicado após a operação executada com RR-2C, seja para banho de ligação ou como ligante em uma capa TSD.

 

Espargidores Modernos

Os caminhões espargidores mais antigos são controlados de maneira manual pelo operador. Isso significa que a taxa de aplicação depende diretamente da experiência de quem está operando a máquina. Esta característica abre um precedente perigoso para erros de execução, já que não é possível controlar com precisão a velocidade do espargidor e consequentemente a taxa de aplicação da emulsão no solo.

Os equipamentos mais modernos contam com controle eletrônico da aceleração e monitoramento da taxa de aplicação das emulsões, reduzindo significativamente as falhas de execução. Dessa forma é possível minimizar de maneira substancial os prejuízos devido a rompimento de emulsão nos tanques, retrabalho, perda de material e serviços executados de maneira incorreta.

Como se trata da parte mais cara de todo o projeto, o uso de caminhões espargidores antigos, sujos, sem manutenção adequada acaba sendo uma economia que não se justifica. Ainda que possam apresentar um custo inicial menor em relação aos equipamentos mais modernos, essa economia sempre tem o risco de acabar virando um grande prejuízo.

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