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Comparativo: A diferença entre pavimentação TSD e pavimentação CBUQ

30/04/2021   |   ARTIGOS AUTORAIS

Comparativo: A diferença entre pavimentação TSD e pavimentação CBUQ

O sistema de rodovias é o principal meio de transporte de cargas e passageiros do Brasil. A nossa malha viária conta com uma rede de 1.720.700 quilômetros de estradas, ocupando o quarto lugar no mundo. Além disso, 61% das cargas movimentadas no país são transportadas por via terrestre.

 

Portanto, as nossas rodovias devem ser olhadas com cuidado desde o seu início. Durante a concepção de uma estrutura devem ser avaliadas diversas possibilidades, a fim de determinar a melhor solução para o projeto a ser elaborado. Os principais fatores que influenciam a decisão são: disponibilidade de materiais, de equipamentos e de mão de obra, segurança, durabilidade, economia e tempo.

 

Um dos pontos estudados previamente, de muita importância inclusive, é o tipo de pavimentação que será utilizada, e pensando nisso que hoje vamos falar sobre as diferenças entre os mais adotados no Brasil: TSD e a CBUQ.

 

Continue lendo este material e descubra as características de cada um deles.

 

 

Pavimentação TSD

O Tratamento Superficial Duplo, denominado comumente como TSD, refere-se ao processo de aplicação de ligantes asfálticos e agregados na pista sem uma mistura prévia e com compactação, resultando no recobrimento de pequenas irregularidades.

 

O processo consiste em:

1) Aplicação do ligante asfáltico em base bem preparada;

2) Espelhamento do agregado após a aplicação do ligante;

3) Compactação, passo executado logo após o espelhamento do agregado.

 

Esse tipo de pavimentação visa imprimar (impermeabilizar) o pavimento, gerar efeito antiderrapante e propiciar revestimento de alta elasticidade para acompanhar as deformações nas camadas inferiores.

 

 

A pavimentação CBUQ

O tipo de pavimentação mais utilizado no Brasil é o Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ). Este produto é obtido por meio da mistura de agregados de vários tamanhos e cimento asfáltico de petróleo, ambos aquecidos em altas temperaturas.

 

As proporções de cada material utilizado são definidas previamente durante a elaboração do projeto, de forma que a junção do agregado (brita) com ligante asfáltico deve criar uma massa homogênea.

 

Esses processos são executados em usinas de asfalto, como as do Grupo Britec, que contam com 13 anos de expertise em usinagem e elaboração de projetos de CBUQ. Seu laboratório e equipe são treinados para oferecer, de forma técnica, a execução e fabricação tal qual os valores encontrados no desenvolvimento do projeto da massa, sempre atendendo todos os parâmetros da norma DNIT 031/2006-ES. Consulte um dos projetos desenvolvidos dentro do laboratório Britec no link a seguir e entenda o quanto elaborado e técnico é um projeto de CBUQ:

 

Concreto Asfáltico Usinado a Quente (CAUQ) – Faixa “C” DNIT 031/2006 – ES – DNIT 031/2006-ES. TRAÇO: 106/2018 de Agosto de 2018. (CAUQ 106 2018 )

Análise comparativa CBUQ x TSD

Ambos são modelos de pavimentos flexíveis. A capa asfáltica é a última das camadas do pavimento e deve cumprir os seguintes requisitos exigidos por norma:

  • Entregar conforto de rolamento aos usuários por meio de uma pista bem nivelada e padronizada em toda a sua extensão;
  • Promover segurança através de boa aderência entre a superfície os pneus dos veículos; escoamento adequado da água das chuvas atendendo as normativas;
  • Transmitir as cargas dos veículos para as camadas seguintes do pavimento para que não ocorra deformação permanente pré-matura;
  • Garantia total da obra de pavimentação por cinco anos com responsabilidade do executor para qualquer reparo neste período.

 

Os dois tipos de pavimentações são distinguidos por meio de suas particularidades técnicas, seus métodos de construção, conservação e manutenção. A mistura TSD é preparada diretamente na pista e aplicada em duas camadas de agregados e ligantes para então haver compactação.

 

Já a CBUQ é preparada na usina e já deixa a fábrica pronta para ser aplicada sem qualquer manipulação em seu conteúdo. Enquanto é aplicada, o seu revestimento alcança altas temperaturas, chegando em torno de 160º.

 

Ela apresenta quatro tipos de granulometria de dosagem: densa, aberta, uniforme e descontínua e sua matéria prima é o CAP (cimento asfáltico de petróleo).

 

A dosagem de CBUQ tem como objetivo obter e resultar:

  • Mistura adequadamente trabalhável,
  • Mistura estável sobre ações de cargas estáticas ou móveis,
  • Mistura durável com teor de asfalto adequado,
  • Baixa deformação permanente
  • Mistura pouco suscetível à fissuração por fadiga e
  • Possuir vazios suficientes e não excessivos.

 

Ligante asfáltico da mistura

 

  • CBUQ: Utiliza-se o CAP (cimento asfáltico de petróleo). É o mais nobre dentre os ligantes para capa asfáltica pois não sofre diluição e nem cortes com água em sua composição, o que o torna mais resistente a água, oxidação, tração, corrosão, além de possuir propriedades de recuperação elástica superiores a qualquer tipo de emulsão ou ADP (asfalto diluído de petróleo).

Além de suas propriedades aglutinantes e impermeabilizantes, o CAP é caracterizado por sua flexibilidade e alta resistência. Ao ser aplicado, deve ser homogêneo e estar livre de água para que sua utilização seja adequada, e siga as orientações do DNIT, órgão que faz o controle das rodovias federais em execução, conservação e restauração.

  • TSD: Utiliza-se a emulsão asfáltica RR-2C. A composição desta emulsão é de 67% de CAP, 0,2% de emulsificantes e 32,8% de água. A qualidade e padronização deste ligante é mais suscetível a variações, pois o corte com água é executado dentro das distribuidoras. São necessários ensaios para atestar a % de resíduos (CAP).

 

Agregados

  • CBUQ e TSD: Possuem as mesmas faixas de especificação e normativas quanto a encaixe granulométrico, resistência, abrasão, adesividade e índice de forma para os agregados utilizados na capa.

 

A usina de CBUQ possibilita a utilização de até cinco agregados na composição para promover o encaixe, enquanto o TSD normalmente utiliza apenas dois agregados mais uma camada de pó quando é aplicada a capa selante (camada extra para dar melhor acabamento na pista).

 

 

Conclusão

Um bom sistema de transporte é de suma importância para o desenvolvimento socioeconômico de um país, por isso é fundamental a preocupação em investir em sistemas integrados e articulados que venham realizar de forma eficiente o transporte da grande demanda de cargas e passageiros que existe atualmente.

 

Diante desse cenário, existem soluções que entregam mais qualidade e longevidade como o CBUQ, entretanto o TSD também é importante para compor o sistema, principalmente para lugares de difícil acesso e/ou baixa renda. Conta pra gente o que você achou do nosso tema de hoje! Além disso, confira as nossas postagens anteriores e redes sociais para mais conteúdo!

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